quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A noiva da cidade: quando havia imaginação

Primeiramente gostaria de justificar tamanho afastamento do Bolha. Sabe como é, trabalho, último ano da faculdade, tcc e falta de coragem de escrever, coisas complicadas aí. Mas eu continuo aqui, só observando.

Ia falar das eleições, mas eu vou esperar ficar menos abismada com tudo o que tenho visto e ouvido por aí. Resolvi então falar de romance, já que é algo raro mundo a fora.

Estava escutando a música "A noiva da cidade" do Chico Buarque. A música faz uma alusão à cantigas de ninar, demonstrando uma certa inocência, talvez. Onde o eu-lírico vê a janela da  moça bonita aberta e fica imaginando como será que ela está vestida, como ela dorme, etc. Então comecei a me perguntar: onde está esse romantismo "inocente" hoje?

Já não é mais preciso imaginar. Os descuidos deixaram de ser uma janela aberta, para serem vídeos e fotos íntimas circulando nas redes sociais. Ou vivências de intimidade com paixões passageiras, que se vão e deixam marcas desnecessárias.

Então temos as famosas frases: "homens não prestam", "homens são todos iguais". Ok. Creio que nem eles neguem seus hormônios alvoroçados, mas se nós mulheres não lhes dessem a oportunidade tão fácil, eles ficariam apenas na janela imaginando. E sim, eles valorizam quando ganham a oportunidade de observar à distância.

Fiquei me lembrando da época que sofríamos pensando no ser amado, chorávamos com músicas românticas, escrevíamos o nome do amado nos cantos dos cadernos escolares e ficávamos pensando "será que ele(a) também pensa em mim?", mas isso logo passava e achávamos tudo uma besteira. Até encontrar um novo amor platônico e, por fim, até encontrar realmente um amor maduro que merecesse a intimidade. 

Hoje as músicas só falam de festa, "pegação", desapego e traição (com raras exceções). Assim, infelizmente, formamos crianças que pulam essa fase e se entregam à essas paixões passageiras tão rapidamente, não dando oportunidade nenhuma de imaginação. 

Tudo está às claras, sem mistério ou charme algum.

Tudo está tão fácil! Sem imaginações ou romances.

Só lamento bebês.

(A noiva da cidade - Chico Buarque)
Ai, como essa moça é descuidada
Com a janela escancarada
Quer dormir impunemente.

Ou será que a moça lá no alto
Não escuta o sobressalto
Do coração da gente.

Que papai tá lá na roça
E mamãe foi passear 
E todo marmanjo da cidade 
Quer entrar nos versos da cantiga de ninar 
Pra ser um Tutu-Marambá. 

Sabe lá se está vestida 
Ou se dorme transparente. 
Ela sabe muito bem que quando adormece 
Está roubando o sono de outra gente. 

E, que aqui ninguém nos ouça: 
Ela sabe enfeitiçar, 
Pois todo marmanjo da cidade 
Quer entrar nos sonhos que ela gosta de sonhar 
E ser um Tutu-Marambá.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A ingratidão de querer muito e ser pouco


Hoje eu vou começar assim: Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito. Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas? E se vocês não forem dignos de confiança em relação ao que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês? (Lucas 16:10-12)

Por essas e outras é que considero a Bíblia um livro que servirá sempre para o passado, presente e futuro! 

Muitos compreendem esse texto como sendo referente às riquezas materiais, mas há não muito tempo descobri que há outras riquezas que estamos deixando de ser fieis cada vez mais, como: sonhos, ações e  valores éticos.

Infelizmente, percebo uma sociedade cada vez menos fiel ao pouco e que almeja o muito, cobra dos outros, mas não dá conta do pouco que lhe é colocado a baixo de seus próprios narizes. Sinceramente, quem não sabe ser fiel no pouco, não pode exigir o muito de seus políticos, por exemplo.

Vou me explicar melhor.

Vejo pessoas desesperadas para ter uma profissão que lhes garantirão muita riqueza e consequentemente a felicidade que esperam a vida toda de estudos e dedicação de trabalho, mas antes de chegar a isso - o muito - não conseguem se alegrar com o que já tem - o pouco. Vejo pessoas desesperadas para ter um país sem corrupção - o muito -, mas vejo poucos jovens que fazem a sua parte: sendo exemplo de honestidade no trabalho, na faculdade ou escola, em casa, no bar com os amigos, ou no "troquinho" que veio a mais da padaria - o pouco. Vejo pessoas desesperadas querendo um mundo melhor, sem miséria na África ou no nordeste do Brasil - o muito -, mas vejo poucos jovens se importando com os menos favorecidos ao redor, próximos, - o pouco.

Não sei se estou conseguindo ser clara, mas percebo uma geração que só sabe reclamar da falta do muito, mas não consegue lidar com o pouco que lhe é dado, que está ao alcance de mudança.

E dá-lhe protestos por um Brasil mais justo, por uma mudança de fora para dentro, dos poderosos, governantes, mas ninguém faz protesto para si mesmo, por uma mudança de dentro para fora, para a honestidade do pouco.

Particularmente, entendo que se todas essas pessoas que foram às ruas nas manifestações, que tiveram pico de audiência no ano passado, realmente buscassem honestidade pessoal, antes de buscar a dos outros - governantes -, nosso Brasil já seria um pouco melhor. Porque corrupção é apenas a desonestidade que antes era feita no pouco e ganhou oportunidade de ser feita no muito.

O problema do governo brasileiro, da sociedade desigual e dos grandes problemas escancarados saem do pouco para o muito e não o contrário. Está na hora de sermos fiéis no pouco para exigir o muito. Porque se não formos dignos de confiança em relação ao que é dos outros, quem nos dará o que é nosso?

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Crítica: Malévola


   
   A releitura dos contos de fadas nos cinemas tem se tornado algo comum nos últimos tempos. A começar por Snow White and The Huntsman (2012), chega a vez de A Bela Adormecida entrar na lista de adaptações.

   Dirigido por Robert Stromberg (em sua primeira vez como diretor) e roteiro de Linda Woolverton, Malévola traz uma versão bem diferente da qual estamos acostumados a ouvir sobre a princesa adormecida. O longa, uma adaptação do filme Disney Sleeping Beauty (1959), que é uma adaptação do conto de Charles Perrault, datado de 1697 e que por sua vez é uma adaptação do conto escrito pelos irmãos Grimm em 1634, traz a história de um ângulo totalmente oposto à de todas as versões anteriores: o da própria vilã, Malévola.

   Malévola (Angelina Jolie) é uma fada madrinha pertencente ao reino de Moors. Na sua infância, conhece Stefan, um menino de um reino sem nome. À medida que crescem, se apaixonam. No entanto, a ambição do garoto os afasta e o amor que antes havia entre os dois, hoje cede lugar ao ódio. Stefan (Sharlto Copley), agora rei, torna-se pai de Aurora (Elle Fanning), uma princesa agraciada com tamanha beleza e simpatia. Ao tomar ciência do nascimento da menina, a amargurada Malévola lança sobre Aurora um feitiço, que se concretizaria no décimo sexto aniversário da princesa. A maldição a poria em um sono profundo no qual apenas o beijo do verdadeiro amor poderia despertá-la. Na tentativa de impedir que a tragédia ocorresse, o rei delega à três fadas a função de cuidar de Aurora até que ela complete seus dezesseis anos e assim pudesse retornar ao reino.



   Até então, há uma proximidade com o filme de 1959. Até então.

   Em Malévola, a temida vilã desenvolve laços afetuosos com Aurora. Juntamente com seu corvo/servo Diaval, a “antagonista” da trama passa a demonstrar mais compaixão e amor pela princesa do que as próprias madrinhas cuidadoras.

   O longa é recheado de efeitos especiais (só consigo imaginar áreas enormes tomadas por fundos verdes) afinal, trata-se de um conto-de-fadas, com  - wait for it - fadas(!) monstrosetudomais. E é nesse ponto que se deve destacar a proeza e facilidade com que Stromberg consegue abusar dos mesmos. O diretor tem uma bagagem de peso em efeitos visuais, a saber: Piratas do Caribe: No Fim Do Mundo, Jogos Vorazes, A Bússola de Ouro e por aí vai. Cenários incrivelmente elaborados, figurino também bem produzido e trilha sonora igualmente impecável.


   O elenco é encabeçado por Angelina Jolie, que mesmo com asas negras e chifres consegue agradar a todos, Elle Fanning (Ginger e Rosa) e Sharlto Copley (Elysium) que desempenham com primazia seus papéis, embora com uma profundidade aquém do que fora explorada por Jolie. Aliás, é sem sombra de dúvidas que Angelina é a principal responsável por levar muitos dos espectadores de variadas faixas etárias a acompanhar a película.

   Por fim, Malévola, corrobora o sucesso das adaptações. Reinventar é preciso. Alcançar novas gerações é necessário. 



Nota de 0 à 10: 7.0

Ficha Técnica:

Maleficent
EUA , 2014 - 97 min
Fantasia
Direção: Robert Stromberg
Roteiro: Linda Woolverton
Elenco:Angelina Jolie, Sharlto Copley, Elle Fanning, Sam Riley

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Crítica: X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido


   
   Parece que a Marvel acertou em cheio trazendo Bryan Singer de volta para dirigir mais um filme da saga dos heróismaislegaisdomundodosquadrinhos (fica explícito minha preferência pelas criaturas de Stan Lee & Co). O diretor, responsável pelos dois primeiros longas dos mutantes X-Men (2000) e X-Men 2 (2002) e embora produtor X-Men: First Class (2011), retorna à direção com excelência em X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido.

   O filme nada mais é do que um time travel se passando entre um futuro obscuro e desolado, onde os mutantes se escondem na iminência de serem aniquilados pelos Sentinelas (robôs criados para destruir qualquer portador do gene X) e um passado – leia-se 1973 – ano para o qual Wolverine (Hugh Jackman) é enviado de volta na tentativa de mudar os fatos que se sucederam e, consequentemente, redesenhar o futuro.

   
   Com um roteiro bem tecido e coeso, o longa capta a atenção do espectador do início ao fim. Os não tão longos cento e vinte e poucos minutos foram bem distribuídos em momentos menos agitados – aqueles com mais história – e os momentos de confronto, nos dois períodos da narrativa. Aliás, ambientar essa distância temporal concomitantemente, introduzindo em tempos, cenas do que se passam no presente, digo, futuro, fora de bom senso. Outro ponto louvável é a sensação de incerteza sobre o desfecho da película. Talvez não da trama como um todo, mas sim do fim destinado a cada personagem, o que prende ainda mais a concentração do público.


   Como todo filme Marvel, e sim, isso já fora mencionado em crítica anterior (leia aqui), abusa-se de humor em algumas ocasiões. Nada escrachado. Trata-se de uma comédia leve, que acaba arrancando boas risadas em alguns momentos. O que é totalmente plausível, diga-se de passagem.

   
   Não seria surpresa dizer que X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, possui um elenco espetacular. Aliás, Jennifer Lawrence, James McAvoy, Michael Fassbender e Peter Dinklage são os queridinhos do mundo cinematográfico na atualidade. Sem falar das lendas Hugh Jackman, Ian McKellen, Patrick Stewart, entre outros. É sempre bom ver grandes nomes reunidos em uma mesma trama.


   Algo que estamos cansados de elogiar nos filmes de heróis é a primazia quando o assunto é efeitos especiais, visuais e trilha sonora. Esse último, dessa vez sob a responsabilidade John Ottman, que já trabalhou com Bryan em outros títulos. Uma trilha impecável, bem atrelada a cada cena e realçando ainda mais as sensações causadas também pelo visual.
   
  
    X-Men: Dias de um Futuro Esquecido reacendeu a história dos mutantes. Provou que há muito mais que explorar seja voltando ao passado ou ainda nos acontecimentos que se desenrolarão em um futuro. Bryan Singer é o cara certo para os X-Men. Tão certo que já foi convocado para a sequência da franquia.

Nota de 0 à 10: 10.0


Ficha Técnica

X-Men: Days of Future Past

EUA , 2014 - 131 min.
Aventura
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Simon Kinberg, Jane Goldman e Matthew Vaughn
Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Ian McKellen, James McAvoy, Jennifer Lawrence, Michael Fassbender, Nicholas Hoult, Anna Paquin, Ellen Page, Shawn Ashmore, Halle Berry, Peter Dinklage, Omar Sy, Evan Peters, Josh Helman, Daniel Cudmore, Fan Bingbing.
















quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dói, um tapinha não dói: Lei aprovada

Depois de tanto "mimimi": Comissão aprova Lei da Palmada, rebatizada como 'Menino Bernardo' (manchete da matéria no site do O Globo). Depois de muita discussão e rebuliços causados para promover a "Rainha dos Baixinhos" (vulgo Xuxa), a lei que ensina como deve ser a educação dentro de nossas casas foi aprovada.

Deixando de lado toda aquela conversa de "levei palmada quando criança e hoje sou um cidadão de bem" e até a minha formação cristã que defende as palmadas como forma de disciplina, irei comentar sobre o extremismo da Lei ser aprovada por causa pais que matam seus filhos, mesmo sendo óbvio que para matar é necessário muito mais que palmadas.

Enfim... 

Eu não sei se é mais triste viver em um país em que precisamos aprovar esse tipo de lei, porque não temos uma sociedade decente, com pais que sabem educar e disciplinar seus filhos com amor ou se temos governantes estúpidos o suficiente para acreditar que a Lei 'Menino Bernardo' vai realmente evitar que crianças sejam assassinadas por seus responsáveis, afinal, a lei de não matarás é milenar e somente vejo mais homicídios, cada vez por motivos mais esdrúxulos.

Na boa, um pai que espanca, tortura e humilha o filho, vai continuar fazendo isso com ou sem lei, é um problema de caráter e não jurídico. Assim como eu espero que pais que disciplinam com palmadas de amor, não deixem de educar seus filhos com amor - seja deixando no cantinho da disciplina, dando palmadas ou conversando. Já temos sido uma geração de gente miserável de caráter, não vamos permitir uma pior que a nossa no futuro.

E como diria o Capital Inicial: "Se o que é errado virou certo, as coisas são como elas são. A inteligência ficou cega de tanta informação".

Tá aí, para todo mundo ver, que vivemos em uma geração que é proibido ter opinião, é proibido se expressar, é proibido dar palmada no filho para educar, mas não é proibido criança morrendo de fome, criança sem oportunidade de educação e pais sem oportunidade de emprego.

É isso aí Brasil, mais uma Lei que não muda a realidade do nosso país.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Sobre ser diferente: só funciona com respeito

Sinto que vivo em uma sociedade de chatos. Diversas vezes paro para questionar por que estamos ficando assim cada vez mais cedo? Intolerantes! Percebo que está cada vez mais difícil expressar opiniões divergentes sem que haja rixas desnecessárias.

Esses dias um professor me perguntou se como cristã eu me importava com as brincadeiras que às vezes ele faz sobre religião e a resposta de que não me incomodo foi verdadeira.

Primeiro, porque esse professor nunca faltou com o respeito necessário comigo como pessoa. Segundo, porque ele nunca tentou impor ou dizer que minhas escolhas são erradas, apenas expõe o que pensa de forma sátira e nunca me impediu de expressar o que acredito e, assim, fica viável uma discussão construtiva sobre opiniões diversas de maneira respeitosa. E por último, porque não sou hipócrita em defender que não há motivos para ele criar boas piadas com muitos religiosos por aí.

O que acontece que é as pessoas confundem "ter direitos iguais" com "ter opiniões iguais".

Infelizmente, vejo que um religioso fazendo piada sobre religião, ou um negro fazendo piada com negro, ou um gordo fazendo piada com gordo, etc, não causam tanto impacto quando é o oposto falando do outro.

Enfim, vejo que a sociedade criou alguns tabus que criaram seres humanos cada vez mais intolerantes com as opiniões contrárias, sem perceber que o problema não é ser cristão, budista, ateu, homo ou hétero, o problema é querer respeito sem saber respeitar o próximo.

Esses dias um amigo negro brincou comigo que com um pouco mais de sol eu "passo para o lado dele da força" (fazendo menção ao "lado negro da força" de Star Wars), rimos juntos e nada me pareceu motivo que nos impedisse de sermos amigos e respeitarmos um ao outro. Mas alguns seres chatos poderiam me taxar de racista se a mesma brincadeira que ele fez fosse feita por mim, que, aliás, não sou nem preta nem branca, assim como 99,9% dos brasileiros (um palpite meu). Mais um motivo para o preconceito ser algo estúpido no Brasil. "Tamo junto e misturado".

Acho triste não conseguirmos ter senso de humor com as diferenças e não termos respeito com outras ideias. Acho triste o amor pelo próximo ser deixado de lado por causa de opiniões contrárias. 

Sem mais delongas, agradeço aos meus amigos ao meu redor que têm opiniões, escolhas e estereótipos contrários aos meus, que sabem ouvir e falar com respeito, assim não me sinto convivendo com robôs iguais e consigo ter boas discussões para acrescentar valor à minha vida.

Chega de chatice por intolerância ou ignorância né? Já passou a idade média.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Crítica: Godzilla (2014)


   Sessenta anos após sua primeira aparição, o rei dos monstros retorna à telona. O novo Godzilla, dirigido por Gareth Edwards (Monstros), tenta superar o fracasso do último título hollywoodiano do bichano, em 1998 e dirigido pelo alemão Roland Emmerich (que já destruiu a Terra outras vezes em Independence Day , O Dia Depois de Amanhã e 2012). 

   E ao que parece, Gareth conseguiu. Nesse fim de semana, 16 (estreia), o filme arrecadou mais de US$ 196M nos cinemas ao redor do globo. 

   O primeiro acerto começa pelo elenco. Godzilla escalou grandes nomes para a produção. Com Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen, Bryan Cranston (Heisenberg?), Juliette Binoche, Ken Watanabe e Sally Hawkins, o que desperta interesse para ir ao cinema. 

   Gareth preferiu se arriscar e então buscou desenvolver mais a história dos outros personagens, do que do próprio Godzilla. O diretor usou de longos minutos da película para ambientar a situação, como os créditos iniciais do filme que remetiam à 1954 – a primeira aparição de Gojira - , a descoberta dos M.U.T.O.S nas Filipinas, a introdução da família Brody e o acidente que ocorrera em Janjira. O lagarto ganha destaque na medida em que a narrativa é tecida. O que de certa forma, me levava a olhar no relógio diversas vezes e me perguntar em que momento Goji iria aparecer. 

   Ação e destruição não faltaram desde então. Godzilla surge (a priori apenas na visão do Dr. Serisawa e sua companheira de trabalho na operação Monarch, Vivienne Graham) como o possível - e único - salvador da humanidade. Sim, ele divide o papel de herói com Ford Brody (Aaron) na tentativa de eliminar os M.U.T.O.S, que estão à solta na Terra em busca de radiação para garantir a sobrevivência e perpetuação da espécie. Goji tem a função de restabelecer o equilíbrio da natureza, deixando claro que não compete aos homens restaurar a ordem no planeta. A batalha entre as criaturas gigantes foram responsáveis por prender a atenção até o final do filme. 

   
   O longa, caracterizado por cenas escuras, traz a sensação de tensão em todo o tempo. Atrelado com a trilha sonora também pesada, densa, o sentimento de aflição acompanha a cada segundo decorrente da película. O diretor busca também inserir os espectadores no filme. O posicionamento das câmeras tentam nos transportar “para dentro da tela”, a fim de nos casusar sensação de estar vivenciando a situação juntamente com as demais pessoas. 

   Godzilla cumpriu o que prometeu, ou ao menos com que esperávamos ver. Com uma fantástica trilha sonora e efeitos especiais bem produzidos, o filme faz jus ao estilo tokusatsu (filmes de efeitos especias na língua nipônica).

Nota de 0 à 10: 8.0

Ficha Técnica

Godzilla
EUA , 2014 - 123 minutos
Ação
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Max Borenstein, Dave Callaham
Elenco: Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen, Ken Watanabe, Bryan Cranston, Sally Hawkins, David Strathairn, Juliette Binoche

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Crítica: O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça De Electro


   Táxis amarelos e carros do NYPD voando, outdoors e letreiros indo ao chão. Nova Iorque sendo destruída à medida que a narrativa vai se desenvolvendo, Stan Lee fazendo uma ponta e ocupando apenas alguns segundos do quadro. Cenas típicas de qualquer adaptação da Marvel para a telona. Com O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro, não seria diferente. O segundo filme da franquia, dirigido novamente por Marc Webb mantém a mesma sequência lógica de qualquer outro título da companhia de HQs. Com pitadas generosas de humor, a narrativa é tecida com picos de muita ação e momentos mais brandos. Seguindo a tendência "Mais história, menos pancadaria", o filme traz cenas com mais diálogos, retratando muito mais a vida de Peter e seus relacionamentos.

   Em sua luta contra os criminosos da cidade, Peter Park (Andrew Garfield) acaba se tornando o queridinho da população, inclusive dos policiais. Ao mesmo tempo em que lida com vilões, ele precisa também confrontar questões emocionais. Mostrando ainda a mágoa pelo "abandono" de seus pais, Peter procura entender as razões pelas quais os mesmos o deixaram. Há também o seu conturbado relacionamento com Gwen Stacey (Emma Stone), um romance vai-e-vem, que se desestabiliza toda vez que Peter se lembra da promessa que fez ao falecido pai de Gwen.

   O vilão principal da vez é Max Dillon (Jamie Foxx), um mero funcionário da Oscorp com baixa auto-estima que após ser salvo pelo destemido Spidey desenvolve uma obsessão pelo mesmo. Max é só mais um cara que ninguém nota, um esquisitão. O divisor de águas em sua vida ocorre quando acidentalmente, cai em um tanque de enguias, que acaba modificando-o geneticamente. Agora é Electro, que, como sugere o próprio nome, é capaz de absorver eletricidade e então descarregá-la em escalas devastadoras. O que parece mal aos olhos da sociedade, Max vê como algo benéfico e se sente então o centro das atenções, algo que não seria possível em sua vida regular.


   Em paralelo entra Harry Osborn (Dane DeHaan), um garoto imaturo e instável emocionalmente, que chega para assumir a empresa do pai. Harry posteriormente se torna o Duende Verde e junta suas forças juntamente com Electro. Em um papel não tão destacado assim, Harry (embora amigo de Peter) fica mais em segundo plano, sendo apenas mais um dos arqui-rivais do cabeça-de-teia.

   Sem mais spoilers, e tentando chegar a um desfecho, O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro foi feliz em sua produção. Feliz em elenco, trilha sonora combinando muito bem com as sequências de ação (Hans Zimmer sempre acertando!) e efeitos especiais. Feliz também em explorar a personalidade de cada personagem. Infeliz na quantidade de subtramas. Muita história, pouca profundidade (vide Rhino, que poderia ser deixado para a próxima sequência). Ao jogar na balança, houve mais acertos do que erros.

Nota de 0 à 10: 9.0

Texto de Junior Mafra

Ficha Técnica

The Amazing Spider-Man 2
EUA , 2014 - 142 minutos
Ação
Direção: Marc Webb
Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci, Jeff Pinkner
Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Jamie Foxx, Dane DeHaan, Colm Feore, Sally Field, Paul Giamatti, Campbell Scott, Felicity Jones

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A espera pelo fim da semana

Certa vez ouvi dizer que a maior prova de que você não está vivendo sua vida da maneira como você planejou é quando você passa seus dias contando as horas para o final de semana. E se isso está acontecendo com você, você deve imediatamente mudar algo na sua vida.

Acho válida a afirmação, afinal, se você está feliz com seu cotidiano, todo dia é bom e final de semana é apenas uma pausa na sua rotina e não uma esperança de vida. Entretanto, fico pensando: será mesmo que é preciso viver o cotidiano da maneira como você sempre planejou para realmente ser feliz? Ou o que é preciso mudar? Sua maneira de viver a vida ou de ver a vida?

É um peso grande a satisfação plena estar relacionada aos seus planos serem cumpridos em todos os mínimos detalhes e vírgulas. Afinal, a vida foge ao nosso controle, não tem como fugir aos imprevistos, que, obviamente, você não conseguiu e jamais conseguirá prever nos seus planos.

Quanto à comemoração de todas as sextas-feiras: penso que se você é uma pessoa insatisfeita com a sua vida durante a semana, provavelmente, será uma pessoa igualmente frustrada nos finais de semana. Infelizmente, eles não são a salvação dos seus dias "levados às coxas".

Penso que o ser humano poderia ser menos frustrado se amasse o que faz em vez de fazer o que ama. E apesar de parecer a mesma coisa, há um detalhe na forma como você encara a vida, que a ordem dos fatores alterará o produto. É como ver o copo meio cheio em vez de meio vazio, a mudança é muito mais no seu interior do que no exterior.

Afinal, o que é mais fácil? Dar o seu melhor onde você está inserido e sentir-se satisfeito por conseguir fazer algo bom ou fazer planos que somente te satisfarão se cada vírgula estiver no lugar?

Sinceramente, não creio que a vida seja tão objetiva para que tudo conspire a favor de todas as vírgulas planejadas, nunca seremos bons o suficiente para prever exatamente como o futuro se dará. Por mais perto que possamos chegar dos nossos objetivos, muitas coisas fogem do nosso controle e as formas de chegar a esse tal objetivo de vida com certeza serão variadas.

E claro que não sou contra fazer planos e tentar cumpri-los. Sonhos são necessários e nos ajudam a dar nosso melhor e buscar sermos pessoas melhores, mas a nossa felicidade não pode existir somente quando esses planos são cumpridos, até porque se algo mudar seu rumo, você deve mudar junto os planos em vez de cair em depressão.

A conclusão que quero compartilhar com vocês, entretanto, é que é realmente triste passar seus dias comemorando a chegada do final de semana e depois você ficar em casa reclamando da sua vida, comendo bolo e assistindo televisão. Vejo que essa sensação de conquistas, principalmente, quando são materiais, ao serem conquistadas, trazem muito mais frustração, porque a pessoa chega lá e a sensação de algo faltando não vai embora.

Gosto de acreditar que a felicidade é o caminho e não o objetivo, é a forma como você encara a vida e não o "chegar lá" dos seus planos.

Se possível, busque fazer aquilo que você ama, mas enquanto isso, faça com amor tudo aquilo que já está ao seu alcance. E, assim, a espera pelo final de semana não vai doer tanto, assim como o fim dele. E, dessa maneira, também ficará mais fácil você não passar por esse mundo sem fazer diferença alguma na vida de alguém, ou de terminar sua vida como uma pessoa que não conquistou nada.

E viva os sonhos e a simplicidade!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Sobre: Emicida vs Thalles Roberto e pregar o amor de Cristo

Esses dias eu desabafei no facebook a minha impressão (ou opinião) sobre o rapper Emicida pregar com mais verdade o amor de Cristo do que o cantor gospel Thalles Roberto. Alguns concordaram, outros disseram que eu não tinha base nenhuma pra dizer e outros pediram para eu escrever um texto, então: olá, vim falar sobre!

Realmente, eu posso não ter base nenhuma ok? Mas vou compartilhar meus motivos para tal impressão, muitos concordem ou não.

Certa vez li que Lutero disse que Deus faz os teólogos mandando-os para o inferno e no inferno, ninguém está interessado em teologia. No meio do sofrimento ninguém fica interessado em falsas promessas ou massagem no ego. Aprendemos no inferno que queremos sair de lá, aprendemos o desespero pela vida e pela verdadeira salvação. Precisamos de algo que funcione, nada ilusório ou utópico.

E dei essa introdução para exemplificar onde tive essa impressão sobre o Emicida pregar o evangelho com mais verdade do que o Thalles. É ótimo ouvir que vai vencer, que Deus vai cumprir promessas de bençãos e etc. e nada disso é mentira, mas Jesus veio para pregar muito mais que isso, não veio para iludir uma vida perfeita, sem erros, pelo contrário, veio dizer a verdade e que na nossa realidade Ele estaria.

Emicida retrata nas músicas uma vida no inferno, onde tem gente morrendo, sofrendo, passando fome, vivendo de migalhas, porém, vencem graças a fé, ao amor, à luta contra o errado e ao esforço em viver de forma honesta mesmo no meio da podridão. Já o Thalles "vencedor" Roberto, massageia o ego dos cristãos, passando uma imagem de que tudo é lindo, tudo é vitória, sendo que o próprio Jesus afirmou que "no mundo passarás por aflições, mas tenha bom ânimo, porque Eu venci o mundo" (João 16:33). 

Emicida reproduziu uma mensagem bíblica que diz que somos sal e luz do mundo (Mateus 5:13-14) nesse trecho:

"É um novo tempo, momento pro novo, a sabor do vento.
Me movo pelo solo onde reinamos, pondo pontos finais na dor como Doril, Anador. 
Somos a luz do Senhor."

Reproduziu também sobre a passagem que prega contra o meio termo, através de uma analogia com o morno, que não é frio nem quente (Apocalipse 3:15-16) nesse trecho:

"Tenho vários manos que não morreu, só que também não vive mais.
Não existe meio certo, nem meia verdade, nem mais ou menos, nem meia liberdade.
Quando o tema é vida, meio termo não existe"

Já Thalles, em um trecho (Deus falando):

"Faz o seguinte, oh:
Levanta a mão agora e me aceita como o seu Salvador.
Depois me abraça e a gente vence juntos essa parada"

Me fez pensar. Deus promete que podemos tudo Nele, que nos fortalece. Mas não podemos esquecer que no contexto do "Tudo posso Naquele que me fortalece" tinha uma igreja (Filipenses) sofrendo, passando por aflições, mas dando graças e se alegrando em todas as circunstâncias. Não tinha ninguém vencendo tudo simplesmente porque "aceitou" Deus como Salvador.

Claro que creio que Deus quer ver seus filhos vencendo as dificuldades, mas isso dentro de um contexto de fidelidade à Deus, vencendo o mal, porque foi bom. Vencendo o ódio, porque amou.

"Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece. Apesar disso, vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações". (Filipenses 4:12-14)

Outro detalhe:

Um canta na favela numa boa e o outro cancela show se o camarim não estiver com todas as regalias pedidas. E super fatura "pregando" (evangelho show).

Aí vocês tiram o resto de suas conclusões.

terça-feira, 18 de março de 2014

Meu eu-lirico persuasivo

Eu já me convenci várias vezes de que alguns erros não eram assim tão graves, já me convenci várias vezes que as boas motivações compensavam o erro por si só e também já me convenci várias vezes de que "dessa vez será diferente"!

Quem nunca?

É engraçado, porque sempre há duas vozes dentro de mim, acredito que uma é do meu enganoso coração e outra da sábia razão, ou não. 

Socorro! Existe um impostor dentro de mim!

Não é preciso ser bipolar, basta ser humano. Natural ser um ser errante, mas não deveria ser natural cair no mesmo erro tantas vezes, porém, acontece. E a culpa nunca é nossa, é somente daquela voz que  convence que daquela vez nem foi tão grave assim, ou que dessa vez ninguém irá descobrir? Talvez, não sei. Qual é o seu problema?

O meu problema é que meu "eu-lirico" é muito convincente. E para você que coloca a culpa dos problemas do mundo em um ser maligno, eu preciso te contar que esse "ser maligno" somos nós e nossas escolhas erradas.

Não existe fome no mundo, assassinatos e famílias acabadas porque Deus quer ou porque o Diabo está dominando geral! Isso tudo existe por causa da humanidade e seus erros.

Uma criança sofrendo de fome não escolheu isso e não tem culpa, mas alguém tem. Seja um pai que escolheu uma vida de drogas em vez de trabalho ou de um governo que escolheu desviar alguns milhões em vez de dar oportunidades ou merendas escolares. Seja lá onde estiver a raiz do problema, nunca chegaremos a somente um culpado, porque os culpados culpam outros culpados e no fim: a culpa é do impostor que habita em nós!

Aí seu "eu-lirico" te convence que mentir para mãe, namorado(a), amigos(as), não é nada demais, porque, afinal, não está roubando, nem matando. Ou que sonegar imposto não é nada demais, já que o governo fatura muito mais (e rouba muito mais).

Malandro eu-lirico persuasivo.

Uma vez ouvi alguém dizer que quando havia apenas um homem e uma mulher no mundo, encontraram um terceiro elemento para pôr a culpa e, infelizmente, isso não mudou em nenhum momento da história. E, sinto muito, a tendência é piorar.

E como eu me cansei da falta de compromisso com os erros, apresento-lhes o culpado de tudo que reclamamos que há de errado no mundo: VOCÊ. Que mesmo depois de tudo que já passou, ainda escuta seu "eu-lirico" te persuadindo a trocar o certo pelo fácil.



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Como os homens são mais sinceros no amor... (Parte II)

Vocês já se depararam com mulheres que mal se conhecem se elogiando de forma exagerada e ao virarem as costas mudam a feição e conseguem soltar algum comentário maldoso sobre a outra? Pois é, eu nunca vi homens fazerem isso. Não que não falem mal de ninguém, existem tipos e tipos, mas, ou eles gostam ou não gostam! Simplesmente não precisam ficar mantendo as aparências. Os mais educados apertam as mãos e saem de perto, ou simplesmente rola uma encarada, mas eles jamais demonstram afeto sem ter. Isso, pelo menos, é o meu ponto de vista sobre como eles são mais sinceros no amor.

Vale a pena lembrar a forma como eles tratam seus melhores amigos! É um tal de "como eu amo esse FDP" ou então "E aí seu lixo? Que saudade de você!" Entre outras coisas censuradas para uma escritora do sexo feminino expôr.

Vejo que os homens não precisam ficar inventando frases de carinho e usando palavras elogiosas em vão, porque eles simplesmente sabem que não importa a forma como eles se tratam, sempre será sincero, principalmente, quando se trata de um amigo que amam muito.

Com as mulheres eles tomam mais cuidado, pelo menos, os cavalheiros de verdade, que reconhecem que nós mulheres são mais sensíveis e vulneráveis. Mas mesmo assim, se você tem intimidade com algum homem, saiba que em algum momento vai escapar uma tentativa de fingir que está te enforcando em um abraço ou te pegar no colo e sair correndo como se fosse te jogar em uma valeta qualquer, entre outras brincadeirinhas masculinas que eles enxergam como carinho máximo e sincero. Mas não tenha medo! Eles não tratam mulheres com brincadeiras que fazem com os melhores amigos se eles não te amarem realmente.

Homens são mais sinceros no amor, porque eu já vi muito amigo se abraçando, dizendo que ama, fazendo brincadeirinhas, enfim, masculinas, mas quando usam palavras baixas elas soam com mais carinho que qualquer demonstração de afeto físico!

Mulheres, precisamos entender que para eles é mais fácil ser simples, não ter que elaborar questões para demonstrar o que sentem, um simples abraço forte que te sufoque nos braços deles é maior que um dia inteiro te mandando flores com um quinteto cantando no seu trabalho e acreditem: é muito mais sincero, porque para eles certos afetos físicos denotam ter que quebrar um orgulho masculino, pois aprendem desde cedo que homens não se tocam e nem são tocados, a não ser que amem de forma sincera!

Sejam mais românticos ou mais reservados, mesmo que haja sinceridade em uma brincadeirinha de luta com uma mulher que ame, ou um jeito estúpido meio desajeitado de fazer uma brincadeira sem graça como bagunçar seu cabelo, ou tentar te imobilizar, os homens de verdade também são capazes de serem mais sinceros no amor buscando algo frágil para ver uma mulher sorrir!

Fiquem tranquilas, eles não são mais sinceros no amor apenas com xingamentos e apertões. Eles amam se sentirem os guerreiros protetores, por isso, em determinados momentos serão mais sinceros que nós no amor quando: nos abraçam apertado, mesmo sem entender por que choramos a toa, ou em te envolver com os braços nos seus ombros para dizer quem é que está cuidando de você e até mesmo se esforçando em uma surpresa com flores e jantares, porque por mais que não faça sentido para eles o motivo que isso nos faz sorrir, faz sentido para eles nos ver sorrir, porque amam se sentirem responsáveis por algo bom causado à nós, mas isso: só para os homens de verdade!

Eles são mais sinceros no amor, porque não precisam sair dizendo por aí o que sentem, eles apenas demonstram isso estando por perto e sendo companheiros! E, se por acaso, se esforçam para demonstrar de uma maneira... bem, como nós gostamos, é porque ele é sincero o suficiente para quebrar o orgulho masculino por nós. 

Agarra esse e o trate como seu melhor amigo, é tudo o que eles precisam.

Se amam com sinceridade, nos tratam com respeito e carinho e deixam certas declarações para os momentos a sós, porque não precisam provar nada a ninguém, como nós mulheres as vezes necessitamos!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Como os homens são mais sinceros no amor... (Parte I)

Decidi fazer uma série de posts sobre como eu descobri que os homens são capazes de amar com mais sinceridade que as mulheres, portanto, aguardem os próximos antes de dizer que estou errada!

Desculpem mulheres, mas hoje estou a favor deles.

Entre muitas observações que tenho sobre como os homens são mais sinceros no amor, vou falar somente de uma hoje: homens te amam mesmo quando não te querem por perto!

Isso é sério e é muito importante, mais para eles do que para nós, mas deve ser para nós se nos importamos com eles.

Posso estar errada, mas observando os homens ao meu redor eu descobri algumas coisas sobre eles que podem ajudar muitas mulheres a serem menos encanadas ou inseguras.

O conselho é simples: Mulheres, pelo amor de Deus, deixem os homens serem homens.

Não queiram que eles tenham atitudes e expresse seus sentimentos da mesma maneira que nós, procure outra mulher se insistir nisso!

Homens precisam ficar sozinhos pra fazer aquilo que eles não podem fazer conosco e se você acha que isso é "pegar mulher", não, não é. Homens pensam com outra cabeça, mas nem tanto, se eles te amam, eu prometo para vocês que o que eles querem quando querem ficar sem você é somente falar palavrão, arrotar, se coçar, jogar vídeo-game ou futebol. Se pudéssemos entender o quanto isso é prazeroso para eles, ficaríamos felizes em eles estarem só entre homens e não com outras mulheres.

Mulheres entendam: homens são eternas crianças! Não se ofendam homens, mas vocês hão de concordar que há uma verdade nisso! Vocês só se cuidam e não morrem fazendo besteira (ou de fome), porque a maioria de vocês tem uma mulher para cuidar de vocês.

Claro que viver o mundo adulto é desgastante para ambos os sexos, mas nós mulheres encontramos jeitos muito complexos para extravasar essas coisas. Enquanto a gente come ou gasta dinheiro para amenizar isso, eles só precisam de um momento com os amigos ou até sozinhos com um violão, vídeo-game ou sei lá qual for o passa-tempo.

Isso porque eles são capazes de amar coisas simples com mais sinceridade do que a gente. E como eles amam essas coisas gente. E isso não faz de nós menos amadas, se dê o valor, dê valor a ele e ele irá te dar valor e te amar de volta. 

Um segredo: mesmo que você não se interesse pergunte como foi o futebol, ou sobre qualquer outra coisa, mesmo que você já até saiba. Eles amam explicar coisas que eles amam e que tem significado para a vida deles. Mas, por favor, usaremos do bom senso para não fazer isso durante o jogo de vídeo-game ou enquanto assistem futebol, ou seja lá o que eles queiram fazer, nesse momento eles ficam concentrados e, definitivamente, eles não sabem fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo.

Quer uma certeza? Se um homem ama alguma coisa e compartilha com você já é porque ele te ama. Para eles, provar que ama não é deixar de fazer o que ama, isso não faz sentido, para eles faz sentido contarem depois alguma coisa sobre o assunto e te ver ficando feliz por eles. Até porque, se você vai junto ou ele não sai de perto de você, vocês vão conversar sobre o que depois? Sendo que estiveram juntos o tempo todo? Isso os desgastam e se eles não têm nada para compartilhar com você, eles vão achar alguém que tenha algo para compartilhar com eles.

Outra coisa, se o problema é falta de confiança, TERMINA! Você não vai mudar o quanto confia em alguém o vigiando o tempo todo e isso é para homens e mulheres.

Conclusão: eles não te amam menos quando precisam fazer essas coisas, eles só estão precisando se amar. Com um passa-tempo que ame e os amigos que amam, porque eles amam essas coisas com sinceridade e se ama compartilhar essas coisas com você é porque também te ama com sinceridade, porque eles não gostam de nada complexo.

Entendam, se formos capazes de deixá-los ter esses momentos de forma saudável, eles vão nos amar mais ainda e vão se empolgar em dizer como foi ou em explicar como aquilo é importante para eles. Sinceramente, não tem coisa mais satisfatória que ver um homem feliz. É igual ver um bebê feliz com um brinquedo novo, fazendo a gente sorrir de um jeito bobo, fazendo com que se importem com aquilo que também é importante para nós.

É só um vídeo-game não uma amante!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Liberdade de expressão e a reação dos tolos

(Clique aqui para ver o vídeo)
Não é novidade que o canal de humor no YouTube, Porta dos Fundos, sempre acaba gerando polêmicas com as piadas críticas que eles expressam em alguns vídeos, mas agora o ator e humorista Fábio Porchat está sofrendo ameaças de um blog chamado "Blog do Soldado", página não oficial de apoio à PM do Rio em virtude de um vídeo que critica a corrupção dentro da corporação, segundo matéria no globo.com.

Eu creio que gente corrupta tenha em todas as áreas da nossa sociedade e já acompanhei alguns vídeos de crítica aos profissionais mais expostos à corrupção (religiosos, políticos, advogados e PMs) no canal Porta dos Fundos, mas foram poucos os que incomodaram a esse ponto.

Tenho a leve impressão que as pessoas só se incomodam a ponto de ameaçar a vida de alguém quando a carapuça lhe serve - quando a piada deixa de ser piada para servir de denúncia para os que praticam certos desvios éticos!

O engraçado é que a liberdade de expressão é um direito do cidadão brasileiro, mas ninguém sabe usar sem gerar baixaria. Alguém sempre perde a razão dos argumentos quando desce o nível para a agressão. E é onde mora o perigo da liberdade de expressão: os ignorantes.

Porque, parando para analisar, ambos estão usufruindo do direito: o vídeo mostra a opinião com os que não exercem a profissão de forma ética e os "incomodados" mostram que são éticos com atentados à vida do humorista (é de se analisar)!

Aí vale repensar que quem tem argumentos usa a inteligência para criticar e quem só tem a força... usa ameaças.

O exemplo vale para todos e não só para humoristas e os profissionais mais visados!

Somos livres para expressarmos o que pensamos e sentimos, mas poucos sabem fazer isso e ouvir as opiniões contrárias em resposta (está ai o FaceBook para provar essa falta de sabedoria na hora de expôr ideias).

Como em manifestações: quem tem argumentos e sabe exercer a liberdade de expressão, escreve textos, vão às ruas em paz, sem danificar nenhum patrimônio público ou colocar em risco a vida de quem quer que seja. Agora, os ignorantes, vão para as ruas armados, apedrejam, queimam e soltam rojões em cidadãos de bem, que estavam ali à trabalho. Isso acontece justamente porque alguns não buscam uma sociedade melhor, apenas querem uma oportunidade de quebrar, roubar e matar - e geralmente estão à mando de alguém "maior"!

Perdemos a força dos argumentos, partimos para o uso do poder.

"Critique um sábio e ele se tornará mais sábio, critique um tolo e ele se tornará seu inimigo".

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A vida aos olhos de uma criança e um cachorro

Pela manhã tudo estava tão bonito! Mamãe me acordou com um copo de leite morno e saiu dizendo que o dia estava uma loucura. Eu não entendi muito bem como um dia de sol acompanhado de um copo de leite morno poderia ser ruim, mas acho engraçada aquela ruguinha que ela faz em cima do nariz quando está séria.

Fui levar o copo na cozinha com as duas mãos, porque a mamãe vive dizendo que é assim que se segura, mesmo que eu a veja segurando com uma só. Encontrei o papai no corredor e ganhei um beijo na testa, estava com um cheirinho bom que me lembrou a sensação de um abraço no inverno, achei graça no rosto ainda molhado encostando na minha testa.

Ele saiu correndo, deu um beijo na mamãe e disse algo que pareceu um elogio, mas trouxe aquela ruguinha de volta ao nariz dela. Ele riu e eu ri também, não que eu tenha entendido é só porque acho gostosos rir com alguém. O papai saiu correndo e a mamãe gritou algo como "olha o exemplo que você dá para ao nosso filho". Me fez rir de novo, mas ela me olhou com aquele olhar de quando eu dei risada no almoço de domingo na vovó.

É que papai derrubou macarrão na camisa branca e eu achei divertido, porque o molho fez um desenho que parecia com um coelho sem orelhas e me perguntei como ele faria amizade com um pássaro sem poder ouvir o seu canto. A mamãe ficou zangada, primeiro com ele e depois com meu riso. Ela vive dizendo coisas como: "Filho, você já é um homenzinho, não pode rir dessa maneira!". Deve ser por isso que ela põe a mão na boca quando ri, mesmo que eu ache adorável aquele ronco engraçado que ela faz quando está se divertindo. Ela só faz isso quando pensa que não tem ninguém olhando, mas eu dou um jeito de ouvir e rir com ela. Aí logo ela vai lavar a louça ou as roupas com pressa, mesmo que eu nunca tenha visto nada sair correndo dela.

Papai me deu um cachorro, um buldog preto com uma bola branca na barriga e outra menor no olho esquerdo e gordinho igual a um ursinho, por isso demos o nome de Panda.

Amo quando o Panda corre desajeitado e me derruba no chão, a baba dele é sempre tão quente. Já a mamãe começa a gritar que o Panda não tem jeito e não sabe o que fazer com ele, o papai acaba rindo e ela não se aguenta, disfarça novamente o riso e fala para o papai crescer, mas eu acho ele o maior homem do mundo. Também acho a mamãe grande, porque ela me coloca em seus ombros e eu consigo alcançar no alto da porta, mas ela é menor que o papai, porque nos ombros do papai eu alcanço lá no teto, mas não quis contar nada sobre ele ter crescido mais que ela.

Esses dias eu e o Panda corremos atrás de uma borboleta colorida. Geralmente eu grito: "Olha aquela "leleta" nadando em suas cores pelo ar...". A mamãe se preocupa em dizer: "é borboleta" e papai em me contar que no ar se voa e na água é que se nada. Mas o Panda pareceu ser o único a ver que ela estava nadando com suas cores pelo ar, porque ele também sentiu vontade de correr atrás dela para ver como ela fazia aquilo.

Ontem aconteceu uma coisa incrível: papai colocou uma moeda na boca e ela apareceu atrás da minha orelha, a mamãe riu, mas não pareceu tão surpresa.  Gritei que estava rico e iria comprar todos os sorvetes do mundo. Mamãe riu e disse: "Está sim filho, mas hoje, vamos comprar só um", papai disse algo sobre "espero que ele nunca cresça" e "depois de um tempo isso não é nada".

Fui com a mamãe de mãos dadas até a vendinha da esquina comprar meu sorvete, mas acho que a mamãe deu um jeito de duplicar aquela moeda para o moço. Voltei muito feliz, achando divertido aquela sensação gelada na boca, parecia que tinha uma pena fazendo cócegas na minha língua que me fazia fechar o olho a cada mordida, contei para o papai e ele só sorriu e me deu um beijo na testa, mas eu queria que ele tivesse dito que também achava surpreendente aquilo.

Quando eu percebo que os adultos não se importam muito com o que digo eu procuro o Panda. Ele parece sempre estar rindo e nunca tem tantos compromissos para me deixar sozinho, como quando o papai fala para eu ir brincar no quarto enquanto ele vê algo muito sério sobro o trabalho no computador. Um dia quero saber por que eles precisam trabalhar tanto para ter dinheiro, se sorvete compra com duas moedas e as coisas mais bonitas e divertidas estão no nosso quintal.

Eu estiquei o palito com o resto do sorvete para o Panda e ele mordeu e lambeu tudo até sair correndo com o palito na mão. A mamãe pareceu não gostar e disse algo do tipo "é perigoso para ele filho, é só um filhote" e tirou o palito dele. Eu não entendi como uma coisa que fez a gente rir podia ser perigoso e ele pareceu mais triste sem o palito. E eu também.

Logo nós esquecemos o palito e encontramos um amontoado de terra com umas formigas saindo e entrando de lá. O Panda achou um pequeno galho e cutucamos para ver o que acontecia. Logo o papai veio correndo como se o bicho papão morasse no jardim e repetiu a frase de que aquilo poderia ser perigoso.

Sabe, eu e o Panda vivemos descobrindo muitas coisas no quintal, os adultos parecem achar tudo perigoso e poucas vezes acham graça sobre as coisas. E quando pergunto por que sempre acabo escutando: "Um dia, quando crescer, você vai entender". Mas todas as vezes eu desejo que o pedido do papai de que eu nunca cresça realmente aconteça e que com o tempo eu não deixe certas coisas virarem nada.

Afinal, eu e o Panda temos planos para amanhã: vamos descobrir por que as plantinhas parecem suadas pela manhã, se não choveu. As vezes ele espirra quando chega perto da roseira da mamãe e eu ainda quero achar isso engraçado, mas acho que para ser divertido eu ainda não posso estar crescido ao acordar.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Refletimos a televisão ou a televisão nos reflete? Eis a questão

Eu sei que estou um pouco atrasada com o assunto do beijo gay exibido no último capítulo da novela, mas é que eu realmente só fui ficar sabendo depois através do "bafafá" nas redes sociais.

Particularmente, não gosto de dar ibope para novela - nem assistindo e nem falando sobre -, mas senti necessidade de comentar sobre a hipocrisia humana em cima disso!

Vi muita gente criminalizando o tal beijo, mas percebo que a maioria dessas pessoas acompanharam do começo ao fim a novela e não se importaram com nenhuma das banalidades expostas lá. Creio que os assassinatos, roubos e traições que ocorreram durante todos os capítulos deveriam ser mais criminalizados do que um beijo.

E daí que exibiram homossexuais se beijando? Ninguém faz tão mal à alguém com um beijo quanto faz com uma arma.

Eu acredito que dar ibope a novelas e Big Brothers da vida seja realmente uma perda de tempo, até porque seria muito mais útil utilizar esse tempo com um livro, por exemplo, e também penso que acabamos dando valor ao que não tem e até apoiando determinadas falhas da sociedade, entretanto, ocupar-se ou não com esses programas é uma escolha de cada indivíduo.

A questão é que algumas pessoas criticam, mas assistem e, com isso, apoiam. Saem dizendo que a televisão está ensinando as pessoas a serem homossexuais, a roubarem, matarem, enganarem, mas assistem tudo fielmente e permitem que seus filhos acompanhem a tudo isso. Querem que a televisão ou o governo ensinem o que é certo ou errado aos filhos que não colocaram no mundo?

Esquecem que o Big Brother Brasil é composto por pessoas que saem do nosso meio e a Globo não força a ninguém assistir ou a participar do programa. Se realmente o tanto de pessoas que falam mal de BBB não assistissem, com certeza o programa já não estaria mais no ar. E as novelas, por mais fictícias que possam ser, refletem a nossa sociedade.

Pode ser que haja um foco maior ou até tratem determinadas coisas como normais, fazendo com que nos acostumemos com elas. Como quando nos surpreendíamos com roubos e, hoje, é mais surpresa alguém que devolve uma carteira achada com todo o dinheiro que havia intacta. Porque nos acostumamos com a natureza corrupta do homem em vez de buscarmos uma natureza moral e ética.

Mas, de qualquer forma, a televisão não obriga ninguém de forma sobrenatural a assistir novelas e BBBs, as pessoas assistem porque querem e porque gostam.

Depois não me venham cobrando honestidade de político ou moralidade da rede Globo. Deixem de ser legalistas com coisas que são incapazes de seguir quando ninguém está vendo e aceitem que tudo isso é apenas um reflexo da nossa sociedade e de nós mesmos.

O mundo não muda se a gente não mudar!


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O que Deus une a religião separa


"Ter um piano em casa não te faz ser um pianista, assim como ir à igreja não faz de você um cristão!"

Essa frase, desde que a vi pela primeira vez, sempre me faz repensar muitas coisas no meu modo de viver e, principalmente, no meu modo de me relacionar com a religião.

A gente vê de tudo. Os que confiam plenamente na ilusão de que quem vai à igreja tem uma vida íntegra, com ações corretas em todo o tempo e os que acham que por irem à igreja são donos da verdade e somente eles e os membros de sua denominação religiosa irão atingir a salvação - os que fazem parte do segundo exemplo são os mais perigosos.

Para começar perceba que eu usei o termo "denominação religiosa", não poderia dizer "igreja", porque a significação dada pela bíblia para igreja não é a mesma dada a templo ou religião. Segundo Cristo, todos aqueles que o amam e seguem seus ensinamentos são parte da igreja, criação Divina para unir em amor seus filhos. Já a religião, é uma criação humana, que mais serve para dividir do que aproximar.

Ser igreja é: independente dos seus erros e dos erros dos próximos, agir em amor e com amor. É ser santo! E ao contrário do que pensam, santo não é o ser perfeito sem pecados, santo significa separado por Cristo, isto é, ninguém precisa ser perfeito e não errar, mas em Cristo buscar se redimir e não voltar aos mesmos erros anteriores ao conhecimento da verdade (a palavra de Deus).

Ser religioso é: seguir as regras dadas por sua religião e excluir todo aquele que não vive da mesma maneira que você.

As pessoas caem no erro de serem religiosas, sendo ignorantes o suficiente para acreditar que somente as regras aceitas pela religião estão corretas, excluindo, julgando e sendo injustas com qualquer um fora disso. Assim, se esquecem do básico: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mateus 22:36-40).

Eu creio que o princípio básico do amor faz com que nos tornemos pessoas melhores, em que "as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo" (2 Coríntios 5:17). Isto é igreja: "onde se reunirem dois ou três em Meu nome, ali Eu estarei" (Mateus 18:20).

E o princípio básico da religião sempre foi dividir aqueles que aceitam as regras impostas e os que não aceitam. Se não fosse isso: não teríamos tantas religiões por ai, a cada esquina.

Assim, vejo pessoas seguindo religiosamente algumas regras, indo aos templos religiosos e participando de tudo o que podem para se dizerem cristãos, mas não são capazes de amar a Deus sobre TODAS as coisas - sobre egoísmos, orgulhos, ambições, etc. E muito menos capazes de amar ao próximo como a si mesmo - a ponto de deixar de lado suas vontades para o bem do próximo. Não é a toa que Jesus uma vez disse: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E em Teu nome não expulsamos demônios? E em Teu nome não fizemos muitas maravilhas? Eu então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade." (Mateus 7:21-23).

Forte, mas real!

Ir a igreja não faz de ninguém cristão e seguir regras dadas por homens religiosos não faz de ninguém perfeitos. Estamos todos sujeitos ao erro, mas pela misericórdia de Deus também estamos todos sujeitos ao perdão e a chance de um renovo.

Mais de Deus e menos religião!