sexta-feira, 24 de junho de 2011

Formigas; Humanos

      Eu não ia escrever a respeito do assunto a seguir, porque a galera já vive dizendo que tudo que eu escrevo parte das minhas revoltas, mas percebi que se eu não escrevo sobre minhas revoltas eu jamais escrevo também, visto que se eu to revoltada eu preciso escrever, se não eu explodo e morro e ninguém quer isso, ou quer (drama mode on). hahaha.. Entretanto: WHATEVER (seja o que for).
      Esses dias no twitter eu falei que às vezes imagino Deus dizendo palavrão santo (heresia mode on) olhando para o povo aqui na terra e observando as pessoas discutindo por causa de religião (placas de igreja), falando uma coisa e fazendo totalmente o contrário, usando máscaras ao longo do dia, dependendo de com quem está e onde está, com valores distorcidos, apontando os dedos uns aos outros, julgando as pessoas por suas imagens e atitudes sem conhecê-las realmente, pensando em si próprias e principalmente se fazendo de pessoas que definitivamente não são, e pra que? NÃO SEI. Eu confesso aqui diante dos meus poucos leitores que por tantas vezes parei para pensar e eu não consigo achar os motivos, e duvido muito que alguém saiba explicar certos comportamentos humanos. Claro que a psicologia vai procurar inúmeros fatores na vida das pessoas para explicar certas coisas, mas conheço pessoas que sabem que não estão certas e continuam fazendo de tudo para agradar a tudo e a todos, me desculpem, mas isso é coisa de político (me poupem). Se nem Jesus que (pra mim) era perfeito agradou a todos que dirá a nós que não conhecemos à nós mesmos e não sabemos lidar com nós mesmos, somos confusos e inconstantes, como agradar a todos dessa forma? De verdade gente, uma pessoa que é amiga de todos tem alguma coisa errada, tudo bem ser colega de todos e evitar inimizades, isso com certeza não é errado, mas "eu te amo" pra lá e "eu te amo" pra cá, eu posso estar sendo até um pouco insensível, mas tem que ver isso ai hein?!
      As pessoas têm coragem de dizer que odeia alguém, que não suporta tal pessoa, sem nem sequer conviver com ela, ou nunca tentou conhecê-la no íntimo e compreendê-la simplesmente por ser tão humana quanto todos nós, e ao mesmo tempo tem capacidade de se fazer de qualquer coisa para agradar alguém que é tão humana quanto somos todos nós.
      Um passando por cima do outro, invertendo valores. É por isso que eu digo: "ainda bem que eu não sou Deus" (porque Ele sabe o que faz e eu não), porque eu já teria dado um reset nesse mundo aqui e começado um terrário só de formigas, que se cai uma folha no meio do caminho do grupo todas param, e todo o formigueiro se ajuda agrupando o alimento; pequenas diante do mundo, porém grandes diante do formigueiro. E nós? Tão pequenos quanto às formigas diante do mundo e tão miseráveis diante das nossas atitudes.
      Eu concluiria falando "VÁ A MERDA TODOS", mas não quero denegrir minha imagem "menininha meiga" por causa de uma revolta.. Então: DEUS ABENÇOE TERRAQUEOS. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Não alimente os ursos; Não alimente os Cristãos

      Hoje eu li um pequeno livro chamado "Vivendo a Intimidade com Deus" (Joseph M. Stowell), ele é pequeno mesmo, li em alguns minutos (32 páginas). Entretanto o intuito desse post não é comentar o tamanho do livro, talvez nem o conteúdo geral do livro, mas sim uma pequena história que me fez muito sentido e me intrigou.
    "Os guardas florestais do parque de Yellowstone contam que apesar dos avisos de: "Não alimente os ursos", as pessoas constantemente fazem isto. Consequentemente os guardas têm que resgatar ursos mortos nas florestas - em épocas quando não há turistas para os alimentarem - pois se no período de duas semanas não houver pessoas alimentando os ursos, eles morrem. E pensar que as florestas estão repletas de alimentos! Os ursos poderiam estar fazendo aquilo que foram criados para fazer, mas ao invés disso, morrem porque dependem da comida dos turistas." (página 8)
      O autor conclui a história dizendo que somos como esses ursos, Deus proveu uma abundância de coisas para nos alimentarmos se estivermos na caminhada em Sua direção, se formos fiéis não morreremos de fome. Na realidade, nossa fome espiritual deveria nos guiar para buscarmos mais das boas coisas de Deus.
      Enfim, a conclusão dessa história toda é que muitas vezes buscamos manifestações de Deus e soluções rápidas e claras para nossos problemas, nossa busca por Deus é pelo o que Deus tem para fazer por nós em determinado momento, enquanto na realidade Deus espera nos nutrir constantemente para que a busca por Ele seja por quem Ele é e não pelo o que Ele faz.
      "Fico pensando se no Céu existe uma placa escrita: "Não alimente os Cristãos!" Intimidade não significa receber coisas de "mão beijada", ela é caracterizada por uma fidelidade constante." (pégina 9)
      Ou seja, devemos buscar à Deus diante de todas as circunstâncias e esperarmos que a Sua glória seja o foco principal, dentro do Seu tempo, e não o nosso ego e falta de confiança.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sopro de Vida

Desde que a loucura seja mudança.
Desde que isso não te canse.
Talvez seja o comodismo.
Talvez estilo de vida.
Quem sabe até nem queira isso.
Quem sabe já se acostumou.
Frases são feitas de palavras,
atitudes de amor.
O que pode ser não é.
O que é pode não ser.
E quem irá confirmar?
E quem irá acreditar?
Então pode ser que viva,
mas vivendo continua morto
como sempre esteve.

Por Gabriella Oliveira.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Lembranças

Lembro-me de uma menina.
Lembro-me de sorrisos.
Lembro-me de travessuras.
Lembro-me de lágrimas.
Lembro-me de Deus.
Lembro-me de tentar.
Lembro-me de arriscar.
Lembro-me de errar.
Lembro-me de Deus.
Lembro-me de muitos amigos.
Lembro-me de quem ficou.
Lembro-me de quem se foi.
Lembro-me de mudanças.
Lembro-me de Deus.
Lembro-me de angústias.
Lembro-me dos irmãos.
Lembro-me de família.
Lembro-me de pessoas.
Lembro-me e finjo que não.
Lembro-me não sei por quê.
Lembro-me de Deus.
Lembro-me de amores.
Lembro-me de ilusões.
Lembro-me de um coração.
Lembro-me de dor.
Lembro-me de Deus.
Lembro-me de crescer.
Lembro-me de esquecer.
Lembro-me de me lembrar.
Lembro-me de Deus.
Lembro-me do que se foi.
Lembro-me de como está.
Lembro-me de como será.
Lembro-me de Deus.
Lembro-me de um mundo.
Lembro-me não mais.
Lembro-me de esperança.
Lembro-me do Pai.

domingo, 12 de junho de 2011

A menina que roubava livros

     Tenho que dizer: minha bagagem literária não é muito ampla e eu não seria capaz de fazer uma crítica bem embasada e completa de um livro, mas preciso comentar que eu acabei de ler simplesmente um dos melhores livros que eu já li: “A menina que roubava livros”.      
      Foi um livro que eu demorei um bom tempo para conseguir ler inteiro, portanto fez parte de uma longa parte da minha vida, não porque ele não me interessou a ponto de me fazer lê-lo rapidamente, mas por falta de tempo mesmo. Nesse tempo de leitura eu estive na história do livro, o livro esteve na minha história. Muitas das coisas descritas, e digo, bem descritas, me colocaram nos sentimentos passados ali dentro das palavras, linhas, parágrafos e capítulos desse livro. E quando acabou.. bem, seria bom que você já tivesse lido para entender (risos). Talvez eu tenha tido um dos sentimentos mais sinceros ao terminar de lê-lo, as lágrimas em meus olhos, os sentimentos sufocados na minha alma. Vindo à tona todos os sentimentos da minha vida que o livro trouxe à minha mente no decorrer dele. Todas as minhas histórias de vida e toda a história representada pela humanidade e o ser humano como único, o ser humano como um todo.
     Parece tolo dizer que ler te faz parte do livro, te coloca dentro da história, te faz chorar.. parece um pouco sonhador demais. Falo como alguém que quando chora sente-se fraca e nega as existências de motivos concretos para as lágrimas, talvez isso aconteça simplesmente por eu não estar acostumada ao choro, ou por ter tido muitos momentos em que queria chorar e não pude, ou talvez eu tenha me acostumado muito com o riso, que até depois das lágrimas de dor acabam sempre vindo à boca (e aos dentes, haha). Mas isso é bom: ler, chorar e lembrar da humanidade dentro dessa luta diária de todos contra o tempo, a favor da vida e da felicidade. Trazer de volta meus sentimentos de menina, meu coração poeta. E digo: mal estou conseguindo dizer tudo o que estou sentindo, pois muitas vezes o sentir é mais do que o falar e o fazer.
      E o final de um livro acaba de me mostrar o vazio da vida humana, e a forma como a vida esvai num estante. A forma como ela nos faz falta, nos dói, nos assusta. Quem nunca chorou pela perda de alguém querido que atire a primeira pedra, mas se você que está lendo, e provavelmente lembrando dessa pessoa que fez parte da sua vida e ela simplesmente não faz mais, sabe o que é pensar nela, e em um momento de volta à realidade, saber que não pode ouvir sua voz mais. Sabe o que é procurar a pessoa e saber que não vai achá-la, sabe o que é esse vazio, e principalmente sabe que a vida não parou para você chorar, sabe que a sua vida continuou e sabe que o medo de esquecer essa pessoa com o tempo e o comodismo dela não estar mais por perto é bem maior do que a imensa falta da pessoa em sua vida.
      Porém preciso terminar dizendo: conheço uma esperança que jamais nos desamparará e um abraço que jamais nos deixará dissipar nesse mundo tumultuado e cheio de dor.


“O amor é uma centelha vinda do Pai que quer nos moldar pra nos livrar do mal que existe lá fora no mundo e dentro de nós.” (Gabriella Oliveira - Poema: A centelha que aquece.)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Lei de Murph e a geléia grudada no chão

      Hoje eu vim tratar de um assunto muito sério: derrubar o pão com geléia no chão e cair logo com o lado da geléia pra baixo. (Não dê risada, isso é muito sério.)
      Vou começar contando sobre minha semana passada: semana passada eu me questionei. Me questionei sobre meu tempo, me questionei sobre minhas atitudes, me questionei sobre meus amigos, me questionei sobre a minha fé. Semana passada meus questionamentos sobre o passado e o presente me levaram a olhar para o futuro, olhar para o futuro me trouxe inseguranças, olhar para minhas inseguranças fez-me sentir fraca, sentir-me fraca me fez querer buscar onde ter força - foi ai onde começou o problema - porque enquanto você está em um certo comodismo, tanto faz, nada da vida conspira contra e nem a favor a você. Agora é você falar: "isso vai mudar; eu vou fazer alguma coisa para melhorar", que tudo, ou pelo menos a maioria das coisas ao seu redor vão te atingir de algum jeito, e eu pensei bem para ver se eu não estava sendo pessimista demais, e não, se você não tiver a cabeça no lugar, TUDO vai parecer estar indo pro lado contrário.
     Sábado tomei a decisão de melhorar as coisas que entendi estarem estáticas em um lugar onde não me levaria à lugar algum e no domingo eu dormi mal, na segunda-feira choveu, minha paciência estava incontrolavelmente esgotada, na terça-feira passei mal, fui parar no hospital, perdi 1 hora tomando soro na veia, perdi uma prova importante, levei bronca do médico, levei bronca dos meus pais,  levei bronca do meu melhor amigo e passei frio, quarta-feira fiquei sem carro, tive que pegar um táxi do trabalho pra casa, o táxi demorou, o trânsito tava terrível, cheguei em casa precisei da internet para por um trabalho em um pen drive pra levar pra faculdade, a internet não pegou, tive que entrar na internet pelo celular e transferir pro notebook, o cartão de memória do pen drive deu pau, mas enfim pegou, sai de casa atrazada, consequentemente cheguei atrazada na aula, não dei boa noite para o meu professor e fiquei mal. Enfim, cheguei em casa e descobri: A PORCARIA DO MEU PÃO TÁ CAINDO COM A GELÉIA PRA BAIXO. E agora? O que fazer? Lamber a geléia do chão, claro, porque não pensei nisso antes?
      Afinal, a geléia está no chão, mas ainda é doce. Não tem porque mudar meu jeito de ser com as pessoas, meu jeito de lidar com as coisas, só porque não saiu do jeito que eu queria.
      Agora pode vir lei de Murph, que eu to esperta.. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sou Rockeiro, sou tatuado; Sou Crente (?)

      Post grande, leia se quiser.

     Hoje o intuito é mais um desabafo e uma opinião pessoal do que exatamente uma idéia bem elaborada. Lembrando que estou me direcionando mais aos crentes, religiosos, frequentadores de igreja e etc. do que a você que provavelmente vai terminar de ler tudo e não vai fazer sentido nenhum pra sua vida.
     Bom, acho engraçado a galera relacionar rock and roll, tatuagens, alargadores e afins com Satanás. De verdade ou as pessoas em pleno século XXI estão ficando cada dia mais conservadoras ou são simplesmente ignorantes com a diversidade ou ao que simplesmente não é o seu gosto pessoal. É uma luta o tal preconceito racial ou de opção sexual, mas é ver um cara tatuado: "esse cara é maloqueiro". Então o exterior determina caráter? Pode até determinar personalidade, o que tem muito a ver com gosto pessoal, de como se vestir e etc., mas eu sinceramente não acredito que uma tatuagem vai transformar o caráter de alguém. Não consigo ver alguém começando a roubar, matar ou consumir drogas ilícitas só porque tem uma tatuagem ou ouve determinada música (só se for no seu mundinho colorido).
      Outra coisa é o mito: "Satanás é o pai do rock". Não sei onde, porque nunca vi um CD autografado dele, de sua autoria. E se ele fez alguma música, não foi boa e não fez sucesso, porque eu nunca ouvi nenhuma. Também nunca vi o rock dizendo "me inspirei no meu pai que me fez." (OI?). Certamente que cada compositor faz sua música direcionada a quem quiser, com o intuito que quiser, tributando a quem ele quiser, e vai de nós consumidores do mercado musical selecionar o que é criterioso pra gente na hora da nossa escolha do que ouvir ou não. É claro que agora além de entrar em uma discussão religiosa vamos ter que abordar algo um pouco filosófico com a questão de se Deus e o Diabo realmente existem.
     Mas eu, GABRIELLA OLIVEIRA, como uma pessoa que acredita em Deus (devido a experiências próprias que me fizeram acreditar na Sua existência), como uma pessoa que busca os princípios religiosos como estilo de vida, não quero entrar nessa discussão de fé e crenças, quero apenas apontar um pouco da intolerância de muitas pessoas e, infelizmente, de muitos religiosos (lembrando que viver Deus é muito diferente de viver uma religiosidade, mas esse é um outro assunto).
      Eu realmente acredito que Deus não se agrada de alguém sofrendo em um estúdio de tatuagem marcando seu corpo pelo resto da vida, porque o Deus que eu conheço não gosta de ver o nosso sofrimento, mas o Deus que eu conheço (misericordioso, bondoso e justo) também não levaria alguém para o inferno devido a isso, mesmo porque é bem claro na bíblia quando diz que depois da vinda de Jesus seus filhos terão novos corpos ( portanto se sua preocupação era ver tatuados pela eternidade, pode ficar tranquílo). Mas isso é religião, é dogma. Portanto preciso ressaltar que se alguém quer falar mal de tatuagem não use esses argumentos de céu e inferno, não vai colar e vai lembrar um pouco a Grécia antiga.
     E o rock and roll, ouço muito: "você é crente e ouve rock?" (porque o espanto? Como se fosse uma oposição, o que obviamente não é, ser crente é uma opção, ouvir rock é um gosto, atente para esse pequeno detalhe). É claro que dependendo da banda o rock não é pra Deus e provavelmente muitas bandas vão contra tudo o que seria o convívio com Ele, mas se eu quiser fazer um rock pra adorá-Lo é Ele quem vai ver no meu coração a minha verdadeira intenção. Aliás, você, CRENTE, que fala mal e julga a tudo e todos saiba: faça um hino maravilhoso e cante pensando no que não convém pra ver se vai estar certo diante de Deus.
     E você que ainda não conseguiu entender meu raciocínio, vamos separar as coisas juntos: existem muitas bandas de rock, muitos jeitos de fazer rock, muitas letras, etc. (até nossos queridos marca textos: Restart, estão sendo considerados rock). Portanto, vamos entender, ouvir rock não quer dizer que você vai estar adorando à Satanás, nem a coisa alguma, ou fazendo apologias torpes. E fazer uma letra gospel no estilo rock pode ou não ser pra Deus, também não é a letra que vai determinar se está certo ou não, mas como ninguém aqui é Deus para julgar intenções do coração, deixe isso para que individualmente cada um se entenda com Ele.
      Então se você ver uma pessoa tatuada ou diferente de você, seja lá em que aspecto, pergunte o nome dela, o que ela gosta de fazer, de onde ela vem, com quem ela anda... Ai você julga se quer ser amigo dela ou não, caso não queira, não interfira na vida dela (você não tem nada a ver com isso).
      Assim deixemos de ser religiosos e alienados para entender que caráter e escolhas de viver ou não sob a graça de Deus, é individual, é livre arbítrio, vai muito além de estereótipos e muito além do que está nos gostos e escolhas pessoais.
     Julga-se atitudes, julga-se idéias, JAMAIS pessoas.


PAZ.