quinta-feira, 12 de abril de 2012

A regra da exceção..

     No fundo você acaba por se tornar aquilo à qual foi condicionado, você luta por lutas quais as vitórias são suas, mas os caminhos pensados nos outros. Isso é o mundo. Ilusão de felicidades impostas e você nem se da conta.
     Lembra-se da sua infância?
     Perdemos a infância conforme perdemos nossos contos de fadas, nossos sonhos - que passam a ser objetivos, sem encantos e maquiagens.
     Começa com "não existe coelho da páscoa", depois seu pai diz: "o único papai noel nessa casa até hoje foi eu", até que chega  no "amor é passageiro e felizes para sempre: utopia". Na verdade se sua infância é marcada por cicatrizes externas por cair de bicicleta ou da árvore, o fim dela é marcado por quebras de expectativas - senão o tamanho do ovo da páscoa menor que o esperado - e lesões internas.
     Isso está determinado, pré-projetado, e quando se quer fugir da regra torna-se uma exceção sonhadora e iludida. Ai sua luta diária passa a ser pelo o que você quer dentro do que você pode condicionado ao que todos são ou fazem.
     Entretanto, a exceção é o que te dá o frio na barriga, a vontade de fechar os olhos pro mundo e apenas sentir. A exceção é a regra para que os sonhos não morram e a frieza ganhe calor. A excessão é o combustível, sua vida a fornalha e a felicidade o vapor!
     Nossas frustrações são confudir a função desses elementos, muitas vezes pensamos que a felicidade é o combustível e nos esquecemos que é a consequência de um caminho todo, ou escolhas de uma vida toda. Eu quero felicidade até em meio às confusões!
     E tantas confusões porque um dia foi regra ser correto e hoje é exceção, um dia a regra foi "até que a morte vos separe" e hoje é exceção. Um dia "te amo" era contínuo e estável hoje é "bom dia" e ao sol se pôr: "boa noite".
     O fato é que os valores se inverteram e o mundo tem sede de excessões.