sábado, 20 de agosto de 2011

A luz do Mito da Caverna à luz da Bíblia

      Bom, muitos filósofos, descrentes e ateus - ou até mesmo você que está ai lendo - ficarão muito indignados e incomodados com esse post. Mas essa manhã, lendo "Platão - A Rupública (Livro VII)", onde havia uma conversa entre Sócrates e Glauco sobre o Mito da Caverna, eu senti um incomodo para mais uma interpretação que eu nunca havia feito além da que é apresentada nas salas de aula, nas aulas de filosofia e obviamente: no próprio livro.
      Para você que "matava" (ou mata) as aulas de filosofia, lia (ou lê) apenas os resumos dos livros de filosofia para ter o suficiente apenas para fazer determinada prova e hoje provavelmente não se recorda detalhes do Mito da Caverna e de suas explicações, eu vou dar uma "pincelada" e ao mesmo tempo relacionarei com o que me veio à cabeça e ao coração essa manhã.
     O Mito da Caverna consiste-se basicamente de uma cena: uma caverna escura, pessoas acorrentadas dos pés à cabeça, de costas para uma fogueira e um muro. Tudo o que essas pessoas vêem são as sombras projetadas por essa fogueira e certos sons dos quais relacionam às sombras. Nesse Mito uma das pessoas se desprende das correntes e começa a aprender a se levantar, se mexer e andar para fora dali, onde encontra a luz. A comparação feita a esse fato é o processo e o encontro da luz (o conhecimento). Entretanto, a princípio, tudo de novo que essa pessoa encontra lhe parece menos verdadeiro do que tudo aquilo que ela via. Os objetos lhe parecem menos verdadeiros do que suas sombras e os sons que se ouvia vinham das sombras e não dos objetos e pessoas que por ali passavam.
     Sócrates comenta que manter os olhos nas trevas é algo cômodo e ao olhar para a luz é algo que incomoda os olhos e o querer voltar os olhos à escuridão parece ser mais fácil, mais cômodo e verdadeiro. Conclui essa idéia dizendo que ao afastar-se bruscamente da luz a escuridão lhe cega, pois agora que já viu a luz a caverna lhe parece muito mais escura.
      Ok. Os iluministas agora aplaudem de pé o fato de o conhecimento científico das coisas ser relacionado à essa luz que agora, antes nas trevas (ignorância), foi encontrada. Porém, eu conheci uma luz diferente.
     Muitas pessoas vivem em alguma escuridão, muitas vezes dentro de si mesmas, mesmo com todo o conhecimento, mesmo com toda a fama, mesmo com todo o dinheiro, mesmo com todos os amigos, enfim, mesmo com todos os seus sonhos alcançados. E de repente lhe falta conhecer uma luz que olhos nenhum poderiam ver, uma luz forte demais, uma luz difícil de se manter firmemente os olhos: "E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas." (I João 1:5); "Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo." (II Coríntios 4:6); "Nunca mais te servirá o sol para luz do dia nem com o seu resplendor a lua te iluminará; mas o SENHOR será a tua luz perpétua, e o teu Deus a tua glória." (Isaías 60:19); "Porém Deus livrou a minha alma de ir para a cova, e a minha vida verá a luz." (Jó 33:28); "Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus." (João 3:21); "E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre." (Apocalipse 22:5).
     Preciso dizer mais alguma coisa? Deus é claramente comparado à luz na Bíblia, viver a verdade e a vontade de Deus é claramente algo difícil para nós pecadores - assim como encontrar a luz de fora da caverna - se afastar bruscamente dEle, assim como se afastar da luz do Mito, te cega na escuridão e muitas vezes as sombras que vemos nos ilude ao ponto de muitas vezes serem mais reais do que as coisas vistas na presença da luz. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:32.
      "Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade." (1 João 2:4). Igualmente é inconcebível que se conheça a luz (conhecimento) e queira ainda assim voltar à escuridão (ignorância), é inconcebível que aquele que O conhece queira continuar vivendo como vivia.
     Último ponto: no Mito da Caverna cita a volta de quem conheceu a luz para mostra-la aos demais, comenta a dificuldade disso, de os demais não acreditarem, a possibilidade de os demais quererem matá-lo ao querer força-los a caminhar até a luz. Mais uma vez: preciso mesmo continuar? Assim como o filósofo ao conhecer o conhecimento quer tirar os demais da ignorância, porque você, que conheceu o caminho, a verdade e a vida, vai querer guardar tudo isso só pra você?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Tudo tem seu tempo sobre a terra

      Sabe, não é preciso ser muito perceptivo ou passar horas pensando na vida para perceber que as coisas mudam muito e mudam rápido, aliás, tudo acontece muito rápido de forma que quase nem nos damos conta. Vou parecer uma idosa nesse post, mas, preciso dizer: o tempo passa.
      Se for ver: o que são três anos? Quase nada, mas, olhando pra mim há três anos jamais me imaginava como estou hoje, jamais estaria preocupada com as mesmas preocupações. Não conhecia as mesmas pessoas, não dava o mesmo valor para as mesmas coisas, enfim, muita coisa mudou. Coisas que eu nem percebi enquanto mudavam.
      Infelizmente ou felizmente os sonhos mudam, as pessoas ao redor mudam, as circunstâncias mudam e a gente muda junto. Simplesmente tem que ser assim. Sem procurar por explicações, mesmo que haja falta de algo ou alguém precioso que se esvaiu junto com o tempo, temos que mudar. Caso contrário: você será sempre o mesmo tolo incorrigível e arrogante. O tempo te molda, os relacionamentos te moldam e se você não se molda... Simplesmente permanece no mesmo lugar e se encontrará sozinho... Sem progresso.
      Portanto, as coisas mudam pra te mudar. E eu não acredito que seja em vão. Acredito que tudo tem seu tempo e seu propósito sob o céu.