domingo, 12 de junho de 2011

A menina que roubava livros

     Tenho que dizer: minha bagagem literária não é muito ampla e eu não seria capaz de fazer uma crítica bem embasada e completa de um livro, mas preciso comentar que eu acabei de ler simplesmente um dos melhores livros que eu já li: “A menina que roubava livros”.      
      Foi um livro que eu demorei um bom tempo para conseguir ler inteiro, portanto fez parte de uma longa parte da minha vida, não porque ele não me interessou a ponto de me fazer lê-lo rapidamente, mas por falta de tempo mesmo. Nesse tempo de leitura eu estive na história do livro, o livro esteve na minha história. Muitas das coisas descritas, e digo, bem descritas, me colocaram nos sentimentos passados ali dentro das palavras, linhas, parágrafos e capítulos desse livro. E quando acabou.. bem, seria bom que você já tivesse lido para entender (risos). Talvez eu tenha tido um dos sentimentos mais sinceros ao terminar de lê-lo, as lágrimas em meus olhos, os sentimentos sufocados na minha alma. Vindo à tona todos os sentimentos da minha vida que o livro trouxe à minha mente no decorrer dele. Todas as minhas histórias de vida e toda a história representada pela humanidade e o ser humano como único, o ser humano como um todo.
     Parece tolo dizer que ler te faz parte do livro, te coloca dentro da história, te faz chorar.. parece um pouco sonhador demais. Falo como alguém que quando chora sente-se fraca e nega as existências de motivos concretos para as lágrimas, talvez isso aconteça simplesmente por eu não estar acostumada ao choro, ou por ter tido muitos momentos em que queria chorar e não pude, ou talvez eu tenha me acostumado muito com o riso, que até depois das lágrimas de dor acabam sempre vindo à boca (e aos dentes, haha). Mas isso é bom: ler, chorar e lembrar da humanidade dentro dessa luta diária de todos contra o tempo, a favor da vida e da felicidade. Trazer de volta meus sentimentos de menina, meu coração poeta. E digo: mal estou conseguindo dizer tudo o que estou sentindo, pois muitas vezes o sentir é mais do que o falar e o fazer.
      E o final de um livro acaba de me mostrar o vazio da vida humana, e a forma como a vida esvai num estante. A forma como ela nos faz falta, nos dói, nos assusta. Quem nunca chorou pela perda de alguém querido que atire a primeira pedra, mas se você que está lendo, e provavelmente lembrando dessa pessoa que fez parte da sua vida e ela simplesmente não faz mais, sabe o que é pensar nela, e em um momento de volta à realidade, saber que não pode ouvir sua voz mais. Sabe o que é procurar a pessoa e saber que não vai achá-la, sabe o que é esse vazio, e principalmente sabe que a vida não parou para você chorar, sabe que a sua vida continuou e sabe que o medo de esquecer essa pessoa com o tempo e o comodismo dela não estar mais por perto é bem maior do que a imensa falta da pessoa em sua vida.
      Porém preciso terminar dizendo: conheço uma esperança que jamais nos desamparará e um abraço que jamais nos deixará dissipar nesse mundo tumultuado e cheio de dor.


“O amor é uma centelha vinda do Pai que quer nos moldar pra nos livrar do mal que existe lá fora no mundo e dentro de nós.” (Gabriella Oliveira - Poema: A centelha que aquece.)

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