segunda-feira, 19 de maio de 2014

Crítica: Godzilla (2014)


   Sessenta anos após sua primeira aparição, o rei dos monstros retorna à telona. O novo Godzilla, dirigido por Gareth Edwards (Monstros), tenta superar o fracasso do último título hollywoodiano do bichano, em 1998 e dirigido pelo alemão Roland Emmerich (que já destruiu a Terra outras vezes em Independence Day , O Dia Depois de Amanhã e 2012). 

   E ao que parece, Gareth conseguiu. Nesse fim de semana, 16 (estreia), o filme arrecadou mais de US$ 196M nos cinemas ao redor do globo. 

   O primeiro acerto começa pelo elenco. Godzilla escalou grandes nomes para a produção. Com Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen, Bryan Cranston (Heisenberg?), Juliette Binoche, Ken Watanabe e Sally Hawkins, o que desperta interesse para ir ao cinema. 

   Gareth preferiu se arriscar e então buscou desenvolver mais a história dos outros personagens, do que do próprio Godzilla. O diretor usou de longos minutos da película para ambientar a situação, como os créditos iniciais do filme que remetiam à 1954 – a primeira aparição de Gojira - , a descoberta dos M.U.T.O.S nas Filipinas, a introdução da família Brody e o acidente que ocorrera em Janjira. O lagarto ganha destaque na medida em que a narrativa é tecida. O que de certa forma, me levava a olhar no relógio diversas vezes e me perguntar em que momento Goji iria aparecer. 

   Ação e destruição não faltaram desde então. Godzilla surge (a priori apenas na visão do Dr. Serisawa e sua companheira de trabalho na operação Monarch, Vivienne Graham) como o possível - e único - salvador da humanidade. Sim, ele divide o papel de herói com Ford Brody (Aaron) na tentativa de eliminar os M.U.T.O.S, que estão à solta na Terra em busca de radiação para garantir a sobrevivência e perpetuação da espécie. Goji tem a função de restabelecer o equilíbrio da natureza, deixando claro que não compete aos homens restaurar a ordem no planeta. A batalha entre as criaturas gigantes foram responsáveis por prender a atenção até o final do filme. 

   
   O longa, caracterizado por cenas escuras, traz a sensação de tensão em todo o tempo. Atrelado com a trilha sonora também pesada, densa, o sentimento de aflição acompanha a cada segundo decorrente da película. O diretor busca também inserir os espectadores no filme. O posicionamento das câmeras tentam nos transportar “para dentro da tela”, a fim de nos casusar sensação de estar vivenciando a situação juntamente com as demais pessoas. 

   Godzilla cumpriu o que prometeu, ou ao menos com que esperávamos ver. Com uma fantástica trilha sonora e efeitos especiais bem produzidos, o filme faz jus ao estilo tokusatsu (filmes de efeitos especias na língua nipônica).

Nota de 0 à 10: 8.0

Ficha Técnica

Godzilla
EUA , 2014 - 123 minutos
Ação
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Max Borenstein, Dave Callaham
Elenco: Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen, Ken Watanabe, Bryan Cranston, Sally Hawkins, David Strathairn, Juliette Binoche

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