Monta a mãe seus moleques!
Essa semana li uma reportagem supreendentemente inacreditável que me deixou absmada. Inacreditável pelo fato de ser dificil encarar o quanto o ser humano é sujo.
"Alunos universitários agridem colegas da Unesp em 'rodeio das gordas'." (Folha)
Demorei um pouco para absorver tudo e poder acreditar que realmente existem pessoas assim (moleques criados à chupetinha com mel). Foi um fato que infelizmente ocorreu e provavelmente ocorre muito de tantas formas, em tantos lugares. E o que é mais trágico: Em universidades.
O 'rodeio das gordas' é um "jogo" de péssimo gosto que ocorria em um InterUnesp com regras e prêmios, e até uma comunidade no orkut com vários participantes apoiando essa brincadeira, uma comunidade observada por meninos e infelizmente por meninas também (queria ver se fosse com elas). Consistia em literalmente montar meninas fora do padrão incentivado pela mídia, meninas gordinhas. Como se fossem animais, sendo totalmente desrespeitadas, como se não fossem mulheres normais dignas de respeito.
Ai não querem que mulheres sofram por transtornos psicológicos, lutando arduamente pela forma perfeita. A mídia, a sociedade, os "amigos", todos pressionam as mulheres para terem corpos perfeitos. E se não forem lindas, altas e magras não é mulher, não é digna de respeito. E quem foi que estabeleceu esses padrões? De quem é a culpa para essas barbariedades? Alguns podem dizer que é dos pais, dos professores, da mídia, ou quem sabe é das gordinhas que escolheram ser assim? Vamos montando em todo mundo que é diferente então, parece ser engraçado isso (acho que to rindo por dentro). Queria ver se fosse a mãe ou a irmã desses caras (se bem que é possível que nem assim eles sintam-se mal).
E no final das contas a verdade é que a culpa é de todos que sustentam essas "brincadeiras", da mídia, do humor negro tanto incentivado pela alta audiência, da sociedade que pressiona para corpos perfeitos, de meninos mal-educados, e da falta de respeito de todos para com os "diferentes". E isso tudo vai continuar de tantas formas e em tantos lugares até que paremos de nos conformar com essas coisas rindo de tudo até que aconteça conosco (ai não é engraçado).
Dedicado ao meu amigo Edgar.
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